Esta é uma das piores quedas de preço nas últimas décadas e busca-se soluções sustentáveis para evitar a crise
Um dos maiores obstáculos que os cafeicultores têm enfrentado são os altos custos de produção, que estão acima do preço de venda na maioria das origens produtoras, o que agrava a situação econômica das regiões cafeeiras, tornando incerta a oferta futura de café aos consumidores.
O mês de maio foi marcado pela forte variação nos preços do café arábica. Após o considerável recuo em seu início, com as cotações marcando os menores preços desde novembro de 2013 (fruto da deflação pelo IGP-DI de abril 2019), o fim do período teve forte recuperação nos preços domésticos, reflexo da alta expressiva dos futuros da variedade. Esta instabilidade é um dos fatores que assombra o cafeicultor.
Com grande destaque no cenário global, o cafeicultor brasileiro está diante de uma das piores quedas de preço do café nas últimas décadas e está em busca de soluções sustentáveis para evitar a crise.
Recentemente, representantes da produção cafeeira dos maiores países produtores de arábica do mundo – Brasil e Colômbia – uniram forças para buscar soluções a esta persistente crise e uma das ações propostas pelo grupo é aproximar produtores e consumidores finais, agregando valor na origem.
Segundo eles, será possível distribuir melhor a riqueza gerada ao longo da cadeia produtiva, trazendo mais sustentabilidade aos produtores. Todas as intenções do grupo serão detalhadas entre 10 e 11 de julho, durante o II Fórum Mundial dos Produtores de Café, em Campinas (SP). Como um dos apoiadores dessa aliança Brasil-Colômbia, o Fórum Mundial trará o resultado do estudo “Análise Econômica e Política para Melhorar os Rendimentos dos Produtores de Café”, elaborado pelo professor e economista da Universidade de Columbia, Jeffrey Sachs